A colaboração e o amor pelo esporte são os grandes propulsores do Meraki. Para mostrar como o apoio a jovens esportistas brasileiros faz toda a diferença na construção de uma sociedade melhor e com mais perspectiva, começamos a publicar hoje entrevistas com atletas e ex-atletas que tiveram a chance de evoluir ainda mais e buscar seus sonhos graças à ajuda de incentivadores.
A primeira história que você conhecerá nessa nova sessão é a do Atílio Silva. Hoje auxiliar-técnico da equipe de natação 5° Nado, da cidade de Londrina (PR), ele competiu dos 8 aos 19 anos (até o início de 2019), principalmente nas provas de peito, com participações inclusive em campeonatos brasileiros absolutos.
Em 2018, já com uma trajetória sólida nas piscinas, por conta de falta de recursos para custear seus treinos, ele se viu obrigado a parar de treinar, tendo que deixar a carreira de lado para exercer outras atividades. No entanto, pouco tempo depois, ele passou a receber o auxílio da família de um de seus companheiros de equipe, que permitiu que continuasse a treinar e a disputar competições pelo Brasil.
A seguir, você confere como o esporte mudou a vida do Atílio:
O esporte é minha paixão, minha vida – estou desde criança nesse meio, e não me vejo longe. Disciplina, dedicação, formação e amizade são valores que eu levarei para sempre. Antigamente eu era muito introvertido, meio quietão e tímido, e hoje tenho facilidade de conversar com as pessoas por causa do esporte. A natação possibilitou que eu respirasse novos ares, conhecesse lugares e pessoas diferentes – me colocou em outro patamar na vida.
O momento mais marcante como nadador foi uma tomada de tempo da prova de 200m peito, em 2016, para o Campeonato Brasileiro. Todo mundo estava torcendo por mim, e quando terminei a prova todos me aplaudiram. Encontrei meu técnico chorando, e foi muito gratificante, porque só nós sabíamos o que tínhamos enfrentado para estar lá. Agora, como auxiliar técnico, os momentos mais gratificantes acontecem quando vejo meus amigos – com os quais dividia a piscina – melhorando os tempos, sorrindo e felizes, sabendo que pude ajudá-los durante o processo.
Quando tive que abandonar os treinamentos por conta da falta de apoio financeiro, eu não me via feliz, estava quase entrando em depressão, porque fui tirado do meu meio. Por conta desse auxílio que passeia a receber, que permitiu que eu voltasse a focar na natação, comecei a treinar melhor – eu estava recebendo uma ajuda, um apoio, e foi muito bom aquilo. Durante essa fase eu cresci muito, como atleta e como pessoa.
Agora o meu objetivo, por causa dessas ações, é ajudar a maior quantidade de pessoas possível – seja dentro ou fora do esporte. Enfim, retribuir de alguma forma aos outros.
É muito importante ajudar jovens atletas, e eu sou um exemplo disso: minha família não tinha boas condições financeiras na época, então eu recebi grandes ajudas e grandes incentivos para continuar. Muitos atletas que vêm de classes mais baixas não têm condições de ir a competições, comprar um traje, material, equipamento, e aí que aparecem os colaboradores, e isso é de grande importância, principalmente para ajudar e também para mudar a vida da pessoa.
Se hoje atuo como auxiliar técnico, se por muitas vezes fui exemplo para os meninos mais novos, sei que isso teve a mão de muitas outras pessoas que me acolheram e me abraçaram durante essa trajetória. Meu sonho era ser atleta profissional e consegui rodar o Brasil inteiro, e isso só foi possível com a dedicação e em grande parte também pelo incentivo e ajuda que recebi, não somente monetária, mas também de formação como pessoa.
Eu acho que minha vida seria totalmente diferente sem a natação. Eu não estaria estudando Educação Física, não seria auxiliar-técnico e não teria tanto esse desejo de ajudar os outros. Então foi no esporte que eu encontrei o rumo para a minha vida, para o que eu quero.
Assim como aconteceu com o Atílio, o esporte é capaz de transformar uma vida. Faça parte dessa transformação também e seja um colaborador Meraki!